Setembro Amarelo: valorizando a saúde mental e prevenindo o suicídio
Setembro Amarelo é uma campanha nacional dedicada à prevenção do suicídio, tema sensível e de extrema relevância para a saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os suicídios representam uma em cada 100 mortes no mundo e afetam sobretudo os mais jovens. Entre pessoas de 15 a 29 anos, o suicídio já é a quarta principal causa de morte, atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
No Brasil, o cenário é alarmante, em 2024, foram registradas 16.446 mortes, ocupando a 8ª posição mundial entre os que apresentam os maiores índices. Este artigo visa abordar medidas preventivas, canais de ajuda como o Centro de Valorização da Vida (CVV) e a importância do diálogo aberto sobre o tema.
O que é o setembro amarelo?
O Setembro Amarelo foi criado em 2015 por iniciativa do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Brasileirade Psiquiatria (ABP) e do CVV. A campanha tem em vista conscientizar a população sobre a importância da saúde mental e a prevenção do suicídio, incentivando as pessoas a buscarem ajuda e a conversarem abertamente sobre seus sentimentos.
A prevenção começa com a identificação de fatores de risco e a promoção de um ambiente de apoio e compreensão. Entre as principais medidas preventivas estão:
1. Educação e conscientização
Informar a população sobre os sinais de alerta do suicídio é crucial. Mudanças comportamentais, isolamento social, perda de interesse por atividades antes prazerosas, falas sobre morte e desesperança são sinais que não devem ser ignorados. Programas educativos em escolas, universidades e ambientes de trabalho podem ajudar a disseminar esse conhecimento.
2. Acesso a tratamento psiquiátrico e psicológico
Facilitar o acesso a serviços de saúde mental é fundamental. Terapias, tanto medicamentosas quanto psicoterapêuticas, têm se mostrado eficazes na redução dos pensamentos suicidas. Políticas públicas que ampliem a rede de atendimento e integrem o cuidado com a saúde mental ao sistema de saúde são essenciais.
3. Fortalecimento de redes de apoio
A presença de uma rede de apoio composta por familiares, amigos e profissionais de saúde é vital. Promover o fortalecimento dessas redes por meio de grupos de apoio e comunidades terapêuticas pode proporcionar um suporte necessário para aqueles que estão em sofrimento.
4. Redução do estigma
O estigma associado às doenças mentais e ao suicídio impede muitas pessoas de buscarem ajuda. Campanhas de sensibilização que abordem a saúde mental com seriedade e empatia podem contribuir para a redução desse estigma, encorajando mais pessoas a falarem sobre suas dificuldades.
Quais os canais de ajuda?
Existem diversos canais de ajuda que oferecem suporte emocional e psicológico. Entre eles, destaca-se o Centro de Valorização da Vida (CVV), que realiza um trabalho fundamental no atendimentode pessoas em crise.
Centro de Valorização da Vida (CVV)
O CVV oferece atendimento 24 horaspor dia, todos os dias da semana, através do número 188. Além disso, o serviçopode ser acessado por chat, e-mail e até presencialmente em alguns postos deatendimento. Os voluntários do CVV são treinados para oferecer suporteemocional e ajudar aqueles que precisam conversar sobre seus sentimentos epensamentos.
Serviços de Saúde Pública
O Sistema Único de Saúde (SUS) também disponibiliza atendimento psiquiátrico e psicológico. Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e hospitais públicos são opções para quem busca tratamento.
Plataformas online
Com a evolução da tecnologia, diversas plataformas online oferecem atendimento psicológico remoto. Aplicativos e sites que conectam pacientes a psicólogos têm se tornado cada vez mais populares, proporcionando uma alternativa acessível e conveniente para quem precisa de ajuda.
A importância da abertura para o diálogo
Falar sobre suicídio ainda é um tabu em muitas sociedades. No entanto, a abertura para o diálogo é um dos pilares na prevenção do suicídio. É crucial criar ambientes onde as pessoas se sintam seguras para expressar seus sentimentos e buscar ajuda.
Comunicação em família
A família desempenha um papel essencial no apoio emocional. Manter um canal de comunicação aberto e acolhedor dentro de casa pode fazer a diferença na vida de alguém que está passando por dificuldades. Escutar sem julgamentos e oferecer suporte são atitudes valiosas.
Ambiente de trabalho
Empresas e instituições podem contribuir significativamente promovendo a saúde mental no ambiente de trabalho. Programas de bem-estar, palestras sobre saúde mental e a disponibilidade de serviços de apoio psicológico são algumas das ações que podem ser implementadas.
Comunidade e sociedade
A sociedade como um todo precisa ser mais receptiva e acolhedora. Projetos comunitários, campanhas de sensibilização e políticas públicas voltadas para a saúde mental são fundamentais. A responsabilidade é de todos nós.
O Setembro Amarelo é mais do que uma campanha; é um movimento pela vida. A prevenção do suicídio passa pela educação, pelo fortalecimento de redes de apoio, pela redução do estigma e, principalmente, pela abertura para o diálogo. Cada um de nós pode contribuir para um ambiente mais acolhedor e seguro, onde todos se sintam valorizados e amparados. Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades, não hesite em buscar ajuda. A vida é o nosso bem mais precioso, e cada vida importa. Lembre-se: há sempre esperança, e há sempre alguém disposto a ouvir.
A Healthink está aqui para te ajudar a cuidar da sua saúde, de seus familiares e de seus funcionários!
